Millennium: A Garota na Teia de Aranha

Millennium: A Garota na Teia de Aranha

Millennium: A Garota na Teia de Aranha (The Girl in the Spider’s Web) *****
O Quebra-Nozes e os Quatro Reinos Elenco: Claire Foy, Sverrir Gudnason, Sylvia Hoeks, Andreja Peji, Cameron Britton, Lakeith Stanfield, Stephen Merchant, Synnøve Macody Lund, Vicky Krieps
Direção: Fede Alvarez
Gênero: Drama, Ação
Duração: 115 min
Ano: 2018
Classificação: 16 anos
Sinopse: “A jovem hacker Lisbeth Salander (Claire Foy) e o jornalista Mikael Blomkvist (Sverrir Gudnason) se veem em meio à uma teia de corrupção, espionagem e intriga internacional, juntando forças para combater uma nova e terrível e ameaça.” Fonte: Filmow (sinopse e pôster).

Comentários: A Série Millennium do sueco Stieg Larsson é composta de três livros escritos pelo autor e outros dois por David Lagercrantz, que conseguiu os direitos autorais da obra após a morte de seu criador através de um convite da própria editora. Além de adaptações da trilogia original na Suécia, muito elogiadas, as versões hollywoodianas também chegaram aos cinemas nos últimos anos. O primeiro, “Os Homens que Não Amavam as Mulheres” saiu em 2011 e narra o início da história, baseado no primeiro romance de Larsson. Agora, porém, Lisbeth está de volta aos cinemas em um novo longa, dessa vez inspirado no livro que deu a Lagercrantz a oportunidade de continuar contando suas aventuras: A Garota na Teia de Aranha.

Lisbeth Salander é uma hacker que tem como objetivo defender e vingar mulheres de seus abusadores, seja esse abuso físico, psicológico ou sexual. Nesse contexto, vivendo sua vida reclusa de anti heroína, ela é contactada por Frans Balder, criador de um programa de computador chamado Firefall que dá acesso a um imenso arsenal bélico e está sob poder do governo dos EUA. Balder percebe o risco que seu programa traz e mesmo sendo o único com total capacidade de acessá-lo, não quer de modo algum que seja utilizado. Ao mesmo tempo, precisa proteger a si mesmo e ao filho, que é autista. Lisbeth consegue realizar o trabalho, mas é roubada logo em seguida, dando a si mesma a nova missão de recuperar o que foi tirado dela e de seu cliente. Para isso, ela conta com a ajuda de Mikael Blomkvist, com quem já viveu histórias passadas. O que ela não esperava era ter que reencontrar os fantasmas de sua infância no processo…

A Garota na Teia de Aranha

A Garota na Teia de Aranha: imagem via The Seattle Times

A primeira coisa que reparamos nessa nova adaptação de “Millennium” para os cinemas é a presença de Claire Foy como a nova Lisbeth. Depois de ficar marcada pelo público como a Rainha Elizabeth nas duas primeiras temporadas da série “The Crown”, é difícil enxerga-la de outra forma, PRINCIPALMENTE uma personagem tão visualmente diferente. A impressão que dá é que temos o rosto dela “recortado” e colocado no corpo de outra pessoa! Mas isso não significa que a atriz não dê conta do recado. Com sotaque forte e sempre expressiva na medida certa, ela traz a imagem solitária e alternativa de forma coerente. Já no caso de Gudnason como Mikael Blomkvist ficou um pouco mais difícil fazer a “leitura” do jornalista por parte das pessoas que, como eu, não leram ou assistiram mais nada da série. Ainda assim isso não parece ser culpa do ator ou mesmo do roteiro, já que de acordo com uma amiga minha que gosta da história (e assistiu comigo), esse é um livro onde ele, de fato, não tem tanta relevância quanto os outros.

No que diz respeito à ação, tem tudo o que o público pode querer! Alguns erros de coerência aqui e ali, claro, mas no geral explosões, tiros, perseguição e corridas de carro pra lá e pra cá acontecem o tempo todo, cada uma em seu momento específico. O drama fica por conta do reencontro da protagonista com seu passado, onde ela se vê num momento de lidar com razão e emoção à flor da pele, e na figura do filho de Balder, com quem acaba criando um rápido laço ao protegê-lo daqueles que estão atrás do programa de seu pai. Como adaptação, pelos comentários que li, parece fiel ao “grosso” da história, sem dar muita margem para uma continuação que poderia estar por vir, mas logicamente com seus erros de percurso. Por aqui, sendo apresentada à saga pela primeira vez, devo dizer que cumpre o que propõe no trailer (que eu já tinha visto antes de saber do que se tratava e me deixou SUPER curiosa) e na divulgação de um modo geral. Fiquei com vontade de assistir ao filme que foi lançado anteriormente, onde a temática principal dos livros de luta contra o abuso de mulheres é mais retratado, já que esse acaba envolvendo um pouco mais a máfia e a vida pessoal de Lisbeth.

Por fim, um adendo muito interessante que vale a pena reparar: os suecos dão MUITO valor para marcas nacionais, na vida deles isso é prioridade MESMO! Por esse motivo a gente vê a presença forte da Sony nos gadgets que estão em cena, como computadores, câmeras e celulares. Os carros também são, em grande parte, da Volvo, e é algo que não muda em nada no enredo em si, mas fica como curiosidade sobre a cultura do país onde a série nasceu!

Leia também: A Garota do Trem, filme com Emily Blunt que é uma aula sobre relacionamentos abusivos e gaslighting!

Trailer:

A Garota na Teia de Aranha: 8 de novembro nos cinemas

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  • Luana Souza

    É tanto filme que quase me sinto mal por não assistir tantos quanto deveria hehe. Suas críticas, como sempre, Luly, são ótimas e nos deixam curiosos para conhecer mais da história, mesmo que esse não seja um gênero que normalmente eu assisto. Acho muito legal quando nos filmes juntam o grande tema com questões pessoais dos personagens 🙂

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    • Luly Lage

      Eu estou no mailing de BH para adaptações literárias numa agência que faz a divulgação de filmes de várias produtoras, por isso acabo assistindo muita coisa, a gente recebe ingresso de cortesia pra divulgar =D Isso que está possibilitando boa parte das resenhas, que por sinal sempre me deixam felizes quando você (e outras pessoas) elogiam assim! Obrigada!
      Gostei bastante do filme, já até adicionei o “anterior” na minha lista da Netflix!

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  • Isabelle Brum e Silva

    Olá 😀
    Assisti esse filme quando lançou nos cinemas (antes de ver o anterior, que consegui assistir em casa depois) e gostei bastante. Tanto que fiquei bem curiosa para ler os livros algum dia (mais alguns pra lista já longa de futuras leituras ^^’)
    Ah, bem legal isso do uso das marcas “locais”; não tinha reparado nesse detalhe. Bom saber disso, da valorização que eles dão.
    Enfim, parabéns pela resenha.
    Beijinhos e boa semana.

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