Minhas primeiras tatuagens!

Minhas primeiras tatuagens!

Mesmo tendo sido, durante boa parte de sua duração, um ano relativamente ruim pra mim, 2017 fechou com chave de ouro… No dia 30 de dezembro, bem ali aos 40 minutos do segundo tempo, eu e minha irmã fizemos nossas primeiras tatuagens! Bem, na verdade, verdade mesmo era pra eu ter dito “primeira”, no singular, mas a história acabou sendo um pouquinho diferente do planejado. porém estou me precipitando… Quero começar isso do início!

Minhas Primeiras Tatuagens

Nossas “filhas”: a coruja no alto da coluna da Daninha, meu elefante no pulso e “All Was Well” na costela!

Psiu! Prestenção! Todo o conteúdo desse post está em forma de “fala” no vídeo que está incorporado ao final dele. Sendo assim se você prefere ler, foca aqui no textão, porque ficou bem comprido, mas se está mais na vibe de ouvir é só apertar o play! Dá no mesmo! E se gosta de vídeos, vlogs e conteúdos assim no geral não se esqueça de se inscrever no meu canal do YouTube, tá tendo novidades duas vezes por semana!

Eu SEMPRE fui uma pessoa que gostou de tatuagens! Acho que não tinha nem dez anos de idade ainda quando minha prima Livinha chegou na casa da vovó com um coração feito de estrelas tatuado na parte de trás da cintura. Eu fiquei APAIXONADA! Ao mesmo tempo que me chocou em saber que era pra sempre – diferente das tattoos de chiclete do Digimon que eu vivia fazendo – aquilo me encantou completamente. Anos mais tarde, quando entrei no primeiro ano do ensino médio, eu ganhei um caderno da Capricho de capa jeans pelo qual era apaixonada (tanto que foi o que me inspirou a, agora depois de adulta, vender meus próprios cadernos no Expresso Rosa). E adivinha o que vinha nele, antes mesmo da primeira página? Uma folha de tatuagens temporárias! Entre elas um coração cuja linha era formada de flores, e não estrelinhas… E eu guardei ele com muito carinho porque decidi que, assim que pudesse, essa seria minha tatuagem!

A verdade é que aquilo não passava de “fogo no rabo”, sabe? Uma pessoa que sempre foi inspiração pra mim tinha uma que eu achava linda, então era natural que quisesse fazer igual sem copiar. Além disso lá em casa não rolava problemas com isso: minha mãe já tinha uma e meu pai às vezes planejava também. NUNCA foi tabu! Só minha irmã era aversa à ideia, mas criança é criança, nem tem como ligar muito pra isso. Mas não existia sentimento real entre aquele coração e eu… Apesar de que hoje, tendo essa história se tornado simbólica, acho que eu faria sim algo parecido em homenagem à adolescente que fui…

Em 2007, aos 17 anos, eu li “Harry Potter e as Relíquias da Morte” assim que foi lançado em inglês. Quando terminei fiquei com aquela última frase do último livro na cabeça, “All Was Well”: Tudo estava bem! Uma frase positiva, representativa, cheia de emoção! Era oficial, aquela SIM seria minha primeira tatuagem! Primeiro quis fazer na cintura, onde seria a outra, depois no pulso… Por fim decidi que a tatuaria na costela, ignorando todo mundo que dizia que eu jamais aguentaria essa dor de cara. Essa decisão me acompanhou por anos, só não fiz porque faltava a coragem de gastar a grana com isso (é, eu sou meio pão dura)… Até que, recentemente, eu comecei a repensá-la.

Eu não queria mais uma tatuagem “de Harry Potter” porque estava – e ainda estou – cansada! Não da história em si, por ela sempre vou ter muito carinho, mas bem cansada do fato de que as pessoas só pensam nisso quando pensam em mim, sabe? Como se o mais importante fosse uma única coisa que gosto, e não todas as outras que sou! Cansada das decepções que estou tendo com o “mundo mágico”, chateada que terei que boicotar algo que amo tanto por causa de princípios que não consigo mais ignorar. Estou até um pouco cansada também da ficção de forma geral, porque a vida real nos traz tantos problemas, reflexões e lutas diárias que acabo priorizando ela, é inevitável. E ao mesmo tempo já existiam outras imagens que queria tatuar: uma pomba nas costas, um GRL PWR na canela, outras coisinhas que me representam bem e… Um elefante no pulso!

Minhas Primeiras Tatuagens

Eu sou LOUCA por elefantes! Eles são sensíveis, dramáticos, empáticos, sociáveis e têm boa memória – me identifico muito com tudo isso! Além do mais é uma sociedade matriarcal, ou seja: na manada a alfa é fêmea! Impossível não admirar, né? Sem contar o tamanho! Por causa disso esses animais são muito relevantes no primeiro livro que escrevi (e sigo tentando publicar): Wish You Were Here! Tem um ilustrado na capa e duas cenas MUITO importantes no enredo acontecem na presença deles. Eu queria que a história da minha querida Marie ficasse gravada pra sempre no pulso que a escreveu, do lado esquerdo, o pulso do coração!

Quando comecei a pesquisar imagens de pombas, mostrei várias corujas pra Daninha, até que ela foi de “Sou contra” a “Quero muito!” quando viu uma representando o dracma de Atena. No fim do ano decidiu de vez que faria, juntou o dinheiro e veio me avisar: se eu estava esperando um surto de coragem, era aquele! E aí falei pra ela orçar junto meu elefantinho. A primeira moça com a qual conversou foi um pouco grossa, então pedi no meu Facebook indicação de tatuadoras e recebi várias! Eu queria uma mulher porque sou ansiosa, tinha medo de ter uma crise em pleno estúdio, então melhor um profissional do gênero com o qual me sinto mais confortável. Além disso nós precisamos valorizar o trabalho feminino, ainda mais em áreas onde existe tanto preconceito quanto essa.

Foi a Pati, nossa melhor amiga, que nos indicou a Larissa “Louise Tattoo”. Me apaixonei pelo traço, orcei via Whatsapp e ela foi atenciosa, gentil e tinha um preço legal. Fomos! Chegando lá ela me mostrou o desenho do elefante, MUITO MAIS BONITO que o que mandei pra ela só pra explicar o que queria. Pegou a agulha, botou no pulso e a surpresa: não passava de uma cosquinha! Sério, não senti dor nenhuma! E aí conversa vai, conversa vem, fui contando as outras que queria fazer e mencionei aquela “de HP”. Ela disse que se fizesse essa no dia, como o material era o mesmo, saía baratinha. Me mostrou uma lista de fontes e escolhi de cara segunda. Olhei outras dez páginas e continuava preferindo aquela. Era um sinal, né? Levantei a blusa, deitei na maca e foi!

Minhas Primeiras Tatuagens

A dor foi bem menor do que pensei. Como é uma região que a gente precisa prender a respiração enquanto é gravada, ainda mais num traço tão fino, o foco era esse e não a agulha. Só um momento no penúltimo “l” que não deu pra segurar, soltei um gemidinho e a Larissa teve que concertar a voltinha por causa disso, já que fiz ela errar. Mas no geral nada do terror que tinham feito pra mim. Não sei se é porque ela fica escondidinha, pra mostrar só quando e pra quem eu quero, ou se é porque foi inesperada, fiquei MUITO encantada pelo segunda também. E nessa altura tinha motivos pessoaias para querê-la, além do original…

Fiquei MUITO doente ano passado e emagreci um bocado. Por causa da ansiedade eu não conseguia comer e, sinceramente, acho que chegou num princípio de anorexia. Teve uma noite que quase desmaiei na cozinha, só tinha feito uma pequena refeição o dia todo, e um dia quando percebi que minhas costelas estavam aparecendo sem precisar fazer muito esforço e desatei a chorar. Foi aí que passei a detestar essa e várias partes do meu corpo onde haviam outros ossos proeminentes, como pulso e clavícula. Mas depois dessa tatuagem passei a AMAR o local onde ela está! Não tô nem aí pra isso mais – usei um Blur do Photoshop na hora de publicar nessas fotos e tudo bem. Além disso essa é a uma frase que sempre repito em momentos de crise. Já consegui superar várias delas apenas dizendo pra mim mesma que está e vai ficar tudo bem, quando os surtos são baseados no presente e futuro. Também já repeti que TUDO ESTAVA BEM quando foram relativos ao passado.

Não foi só pelo Harry, apesar de que um pouquinho, sim. Foi e continua sendo por mim! Meu muito obrigada à Larissa que, de cara, se tornou “minha tatuadora”. Mal posso esperar pra $$poder$$ fazer as outras, bem… CINCO que ainda quero!

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  • Gisele Quagliato

    Luly que demais suas tatuagens, eu amei todas e amei mais ainda saber que você tem um canal no youtube. Eu estava tão afastada deste universo da blogosfera que estava por fora das novidades. Enfim, aos meus 17 anos eu tive anorexia e detestava meu corpo e sei exatamente como é isso.

    Se precisar de ajuda, ou quiser conversar, conte comigo. Mas, não deixe isso te abater. Já já vou me inscrever no seu canal e assistir esse vídeo com amor.

    Luly, desde que conheço você nos primórdios da blogosfera posso te dizer que é inteligente, linda, educada e agora percebi no vídeo sua simpatia na introdução no vídeo. Meu você é fabulosa!!! Você é linda e não deixe ninguém te dizer algo ao contrário disso…sempre admirei sua inteligência e seus posts sobre Harry potter tbm.

    É isso aí…beijão!

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    • Luly Lage

      Gi, eu não tenho PALAVRAS pra expressar o quanto seu comentário me fez bem… No dia que li chorei e chorei e chorei de alegria e emoção… E um monte de outras coisas boas que suas palavras me trouxeram. MUITO OBRIGADA!

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  • Blog Boas de Papo

    Que amor essas suas tatuagens. Gostei da história por trás de cada uma. Já pensei em fazer tatuagem, na verdade tenho vontade mas tenho medobde me arrepender mesmo escolhendo algum desenho/frase que eu goste. Sério que não doeu muito? Sempre achei que doia muito, é o que falam por ai.
    Gostei do elefante ?

    Beijos

    http://www.boas-depapo.blogspot.com

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    • Luly Lage

      Bom, todo mundo diz que na costela realmente dói demais, mas pra mim foi quase de boa, só no final que aaaaah, senti uma dorzona, hahahaha! Depende do lugar, onde tem osso mais “saliente” sempre vai doer mais… Já no pulso realmente, uma cosquinha de nada.

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  • Blue

    Eu amo tatuagens, pretendo fazer muitas outras pois no momento tenho só uma (falta o money né, pois ideia a gente tem várias hahaha) Meu namorado ama elefantes e confesso que o amo dele passou um pouco pra mim, nem preciso dizer que foi a minha preferida né ?!?
    E você me encorajou a fazer a tattoo na costela, obrigada <3

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    • Luly Lage

      Nossa, se não fosse pelo dinheiro não iam ser só duas, não, já ia mandar umas cinco pelo corpo afora! E faça mesmo! Pra mim foi de boa, a maioria das pessoas acha insuportável, mas juro que é suportável!

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  • Bela

    Luly entrou pro grupo das tatuadas! Que delicadeza sua primeira escolha! Fico feliz que tenham um significado profundo pra você!
    Logo menos você tá igual a mim, com tanta tatuagem que nem lembra quantas xD Brinks.
    Tô planejando fazer outra quando for pro Brasil pq ainda não achei um tatuador que eu goste aqui na Finland.
    A Bela, não a Fera | A Bela, não a Fera no Youtube

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