Alice no País das Maravilhas

Alice no País das Maravilhas

Em um vídeo do meu VEDA de 2016 eu contei sobre os livros infantis que guardo “no coração”, aqueles que li depois de adulta e me apaixonei mesmo que estivesse fora da faixa etária proposta. Alice no País das Maravilhas, do britânico Lewis Carrol, é um deles. Quando criança eu tive um VHS de uma animação adaptada na história que era extremamente fiel ao original, então ler o livro foi MUITO nostálgico, impossível não amar! Sendo assim, quando surgiu a oportunidade de participar da “Corte Vermelha” do Memoralices, que completou 3 anos no ar no último dia 12, eu me vi na chance de falar um pouquinho sobre esse clássico tão amado por várias gerações…

Alice no País das Maravilhas

Alice no País das Maravilhas (Alice in Wonderland) *****
Autor: Lewis Carroll
Gênero: Infantil, Aventura, Fantasia
Ano: 1865
Número de páginas: 172p.
Editora: L&PM Pocket
ISBN: 978-972-25-2117-8
Sinopse: “Obra-prima criada pelo escritor inglês Lewis Carroll, no século XIX, Alice no País das Maravilhas imortalizou-se na literatura mundial como uma fábula capaz de encantar adultos e crianças. Uma ficção sem igual que se tornou sucesso há mais de cem anos e ainda hoje é um clássico obrigatório para leitores de todas as idades. O livro conta a história de uma menina curiosa que decide seguir um coelho branco, quando de repente cai em sua toca e é levada a um reino onírico, onde convive com criaturas estranhas e se envolve nas mais inusitadas aventuras. Neste universo inesperado, não há limites entre sonho e realidade.” (fonte)

Alice no País das Maravilhas

Comentários: A história (quase) todo mundo conhece. Alice é uma garota sonhadora que não aguenta mais ter que ouvir a leitura de sua irmã mais velha, feita a partir de um livro “sem figuras nem diálogos”. Entediada, ela acaba seguindo um Coelho Branco que passa correndo de olho no relógio, o que por si só já é peculiar, e cai na toca junto com ele, sendo levada para um “país” onde tudo é “Muito esquisitíssimo”, nas palavras da própria garota. Lá comer determinado lado de um cogumelo pode fazê-la diminuir ou crescer, ela participa de uma festa onde os lugares em que os convidados sentam são constantemente trocados, conversa com criatura antropomórficas e quase recebe uma sentença injusta num reino onde os guardas são cartas de baralho…

De forma geral é muito perceptível como Lewis Carroll usou um romance infantil nonsense para fazer críticas à sociedade de sua época. O Coelho Branco sempre correndo contra o relógio, a rigidez dos modos do Chapeleiro e da Lebre, ou mesmo a Rainha tirana e o Rei “submisso” de Copas, fazendo alusão à Rainha Vitória (uma grande fã da obra!) e o príncipe Albert, apesar do autor negar isso à época, é claro. Além disso a protagonista passa por várias reflexões ao longo da história, incentivada pelos seres que conhece – principalmente o gato de Cheshire – sobre a loucura, sua própria existência e mesmo a clássica pergunta “Por que o corvo se parece com a escrivaninha?”, que foi respondida numa das primeiras reedições mas continua sempre levantando novas hipóteses dos leitores. É pra criança se jogar nesse universo quase mágico e os adultos pararem pra analisar certos aspectos de sua vida, que continuam sendo “amarras” para algumas pessoas até hoje, séculos depois.

“Quando acordei hoje de manhã, eu sabia quem eu era, mas acho que já mudei muitas vezes desde então.” – Alice

Alice no País das Maravilhas

Alice e sua turma já são parte relecante da cultura popular, presentes em uma quantidades absurda de adaptações e referências! A mais famosa delas, é claro, é a animação da Disney de 1951, que contém um pouco também da continuação da obra, “Alice Através do Espelho”. Na última década tivemos as versões cinematográficas do Tim Burton, com seu elenco tradicional e visual meio psicodélico padrão, também distribuídas pelos estúdios Disney, e uma série spin-off de “Once Upon a Time”, a “Once Upon a Time in Wonderland”, que tem apenas uma temporada ruinzinha (mas que eu gosto). Eu mesma já coloquei um pouquinho, bem pouquinho mesmo, da história em um dos livros que estou escrevendo e pretendo publicar um dia, mas a gente conversa sobre isso depois.

Agora não deixem de passar lá no Memoralices para celebrar essa data e participar do sorteio especial de aniversário. Parabéns, Luana! Que venham muitos, muitos, muuuitos anos pela frente!

Aproveitando esse clima festivo pra lembrar que no próximo dia 26 o Sweet Luly completa 13 anos no ar, e é CLARO que vai ter sorteio comemorativo por aqui também! Fiquem de olho porque já tá chegando, ai que emoção…

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  • Luana Souza

    Como eu amei você ter feito esse post especial com informações sobre essa obra que eu tanto amo!! Adoro ler posts na internet falando de como o livro é uma crítica à sociedade da época *-*

    Enfim, o post ficou incrível <3 obrigada por ter aceitado participar dessa comemoração!

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  • Flavi

    Oiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii minha linda!
    Aos poucos estou voltando, bem devagarzinho, mas a gente vai dando um jeito né?
    Eu to com um livro da Alice pra ler a mais de ano aqui em casa, e até hoje nada… preciso criar vergonha na cara!

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  • Carolina

    Acredita que ainda não li esse livro?
    bjs

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  • Dai Castro

    Essa é uma obra que eu adoro, mas não conheci essa história na infância, acredita? haha
    Eu tenho vontade de aumentar a minha coleção sobre a obra, compra funkos e livros em edições super fofas que eu vejo por ai!
    Beijos! ?
    Colorindo Nuvens

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  • Danielle S.

    Eu comprei a versão da Zahar logo quando saiu, comecei a ler e… Larguei! Não sei exatamente o motivo, mas preciso dar uma nova chance, principalmente depois da sua resenha maravilhosa, cheia de curiosidades e críticas que eu não sabia que esse livro fazia. Amei! <3

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